Uma (re)colecção de textos de formato e extensão diversos - poesia, crónica, meditações avulsas, anotações diversas, flash fiction, excerptos de contos escritos e por escrever, memórias e auxiliares de memória, orações, manifestos de ciências imaginárias como por exemplo a Monte Cristologia, e outros exemplos de sabedoria e disparate.
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Poesia XII : Diva
Outra noite de ti sonhei
No harém da imaginação
Vi-te na representação
E a mão que jamais beijei
Teu sobrolho, elegante
Pele de nívea textura
São sabedoria e loucura
Do teu velado amante
Minha dama e cortesã,
Casta rosa, branca pomba
És delírio que me assombra
Na luz fria da manhã.
Por ti cruzo desertos;
Desato todos os nós
Até que, estando sós,
Dou meus passos como certos.
E então, num gesto solene
Abençoados pelas fontes,
Correremos nús pelos montes,
E nosso amor será perene.
Não somos como os demais...
Forjados por um alquimista,
Na victória que o Amor conquista,
Morremos para ser imortais!
El Desdichado
11/12/13
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Muito bom, gostei do "jogo" das palavras que no meu entender, representam o sonho (platónico?).
ResponderEliminarObrigado pelo comentário ! Interpreta como...um poema de Pigmalião dirigido à estátua pela qual se apaixonou...
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