Uma (re)colecção de textos de formato e extensão diversos - poesia, crónica, meditações avulsas, anotações diversas, flash fiction, excerptos de contos escritos e por escrever, memórias e auxiliares de memória, orações, manifestos de ciências imaginárias como por exemplo a Monte Cristologia, e outros exemplos de sabedoria e disparate.
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
Testemunhos de Fé, 2 - Mensagens e Sinais Inesperados
Na passada Segunda-Feira recebi uma notícia que me desanimou bastante, na altura, e esse desânimo prolongou-se até ontem, Sexta. Recebi o contracto da Chiado Editora na leitura do qual fiquei a saber que teria que pagar a pronto os 150 exemplares que me caberiam pagar ; ou, então, pagar a prestações com cheques pré-datados. Acontece que eu não tenho conta bancária. Logo, não tenho cheques. E, dado a minha credibilidade estar no esgoto (já para não falar na minha vida financeira), a publicação do meu romance ficou adiada sabe Deus para quando.
Fiquei acabrunhado, amaldiçoei a minha sorte pela enésima vez ; cada vez que me olho ao espelho e penso nas más circunstâncias e escolhas que tenho trazido para a minha vida, faço a mim mesmo um gesto feio - todos os dedos da mão fechados excepto o do meio. Detesto a minha vida e o que tenho feito dela. E assim fiquei, incapaz de afastar a negatividade que me ofereço de bandeja ; parece que que me comprazo nela, procuro em tudo motivo para a alimentar ; acho "todas as pessoas" feias, e as que não acho fico com inveja da sua beleza ; invejo a sorte e a esperteza dos outros, que não se colocaram no lamaçal em que me afundei.
Mais tarde, na reunião (na verdade, depois dela)a coisa ficou pior ; ir jantar com amigos que me pagam o jantar...para mim é algo quase intolerável. Só fui à reunião, e ao jantar, porque me conheço e sei que mais tarde a minha consciência iria atormentar-me por ter escolhido a opção errada. Parece que, faça o que fizer, fico sempre a perder.
Não havia - naquela altura - espaço no meu coração para compreender e aceitar as coisas como gesto de amor ; bem o sei, mas quando o meu coração está assim, encerrado, parece um bloco de gelo. Ninguém imagina o esforço moral que eu tenho que fazer para me obrigar a baixar a cabeça e ir em frente com o que tem que ser feito. Eu SEI o que está certo, nesses momentos, e forço-me a tomar as atitudes dolorosas. E lá fui, arrastado na minha tristeza, para o jantar ; conheci a namorada de um colega que me disse que não era grandemente de lamentar que o livro não tivesse sido publicado, não neste altura, e não da maneira como o teria sido. Eu bem sei que as coisas acontecem quando têm que acontecer ; ruminei este pensamento, aceitei um presente (sem nada contribuir, mais uma dor de alma para mim)e no fim do jantar, no momento dos beijos e abraços de despedidas, dei-lhes a saber, de peito aberto, o enorme a preço e estima que tenho por eles.
E agora vem a segunda parte de "as coisas acontecem quando têm que acontecer", e que remete para o Testemunho de Fé I.
Ontem à tarde, antes da missa das 19h, eu tinha estado na Biblioteca dos Olivais. Como habitualmente, perco imenso tempo a escolher livros. Normalmente escolho três (é o máximo que se pode requisitar) de temas/áreas diferentes : o livro de assunto sério/educativo ; um livro de prosa ou poesia, um clássico ou de autor de referência ; e um livro para distrair, que aborde um assunto de "chacha" que não me obrigue a pensar muito. Estando à volta das prateleiras dos livros de temas religiosos e de catolicismo, saltou-me à vista "Medjugorje : A Mensagem", de um autor dos E.U.A. chamado Wayne Weible. Não conhecia bem este tema, das aparições marianas de Medjugorje ; mas comecei a ler o livro à noite, depois do jantar, na cama, e digo que este livro - esta mensagem - apareceu na altura certa ; o autor, um jornalista protestante, começou a escrevê-lo a poucas semanas do Natal, com o propósito de satisfazer o seu público com um tema apropriado à quadra e...converteu-se. A sua experiência, a sua história, o seu testemunho estão narrados de maneira simples, directa e tocante, sem floreados. Era mesmo aquilo que eu estava a precisar de ler, nesta altura em que não conseguia libertar-me das garras do negativismo.
As coisas acontecem quando têm que acontecer, porque Deus conhece as nossas vidas e necessidades ainda antes de nós ; Deus Nosso Senhor tem um plano para cada um de nós, e nós só temos é que ter o coração e a alma abertos e receptivos. Depois, tudo se encaixa.
E, para culminar, hoje recebi uma oferta de emprego do Centro de Emprego ! Deus seja louvado !
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo ; como era no princípio, agora e sempre,
Amen.
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