Uma (re)colecção de textos de formato e extensão diversos - poesia, crónica, meditações avulsas, anotações diversas, flash fiction, excerptos de contos escritos e por escrever, memórias e auxiliares de memória, orações, manifestos de ciências imaginárias como por exemplo a Monte Cristologia, e outros exemplos de sabedoria e disparate.
quarta-feira, 11 de junho de 2014
POESIA XVIII : O MELHOR AMIGO DO HOMEM
O MELHOR AMIGO DO HOMEM
Pus um anúncio. "Vende-se cão"
Ele é bom p´ra meninos e meninas
E até dá a si próprio as vacinas ;
Ele responde ao nome que lhe dão.
Mas não sei se é ele ou ela,
A certos cães não se pode dar trela.
Das espécies rafeiras mais apuradas,
(Confesso, que esse cão nunca vi) ;
Mas, juro, é do melhor pedigree,
Bom para cegos ou para caçadas.
Dêem-lhe comida a que chamem ração,
E aí terão o vosso belo cão.
Faz certos truques com muita graça
E tem muito que se lhe diga.
Desde que lhe cocem a barriga,
Até jura ser da melhor raça.
E se caíres para um poço,
O mais certo é ele não largar o osso.
É curto e é comprido, o pêlo ;
Recebo o dinheiro, e do cão...nem vê-lo.
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