quarta-feira, 11 de junho de 2014

Reflexões, 11 : HISTÓRIA DA DEMOCRACIA PORTUGUESA

HISTÓRIA DAS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS PORTUGUESAS DO POST- 25 DE ABRIL EM 5 MINUTOS Preso ao passado e sem perspectivas de futuro, o eleitorado português parece viver num permanente presente ; parece sofrer de uma estranha forma de amnésia selectiva. De quatro em quatro anos elege um partido novo. Veja-se, por exemplo, o PS. O eleitor portuga pensa : "Eh pá ! Um partido novo, com ideias e promessas novas, que nunca ouvimos antes ! Bora lá votar neles !" Depois o PS durante faz merda, ou pior, durante a legislatura. O portuga decide castigar o PS, e muito justamente. E vem o PSD e o portuga pensa : "Eh pá ! Um partido novo, com ideias e promessas novas, que nunca ouvimos antes ! Bora lá votar neles !" Seguem-se quatro anos de desvario e compadrio, ou pior. E o portuga (e muito bem) decide castigar o PSD. E vem o PS (de novo? será?) e o portuga pensa : "Eh pá ! Um partido novo, com ideias e promessas novas, que nunca ouvimos antes ! Bora lá votar neles !" O PS arruína o país e, completamente farto do PS e de partidos políticos do arco da governação, o portuga pensa (e bem) castigar o PS. E como o faz ? Elege um partido diferente. Chega-se à frente o PSD e o portuga pensa : "Eh pá ! Um partido novo, com ideias e promessas novas, que nunca ouvimos antes ! Bora lá votar neles !" Em resumo, a cena política portuguesa é vazia de pensamento, árida, mais monótona do que uma paisagem lunar. Aliás, em matéria de política, se a nave espacial Enterprise viesse visitar Portugal, o Capitão James T. Kirk diria também de nós : "Beam me up, Scotty. There´s no inteligente life down here."

Sem comentários:

Enviar um comentário